Quando dói o coração...
Quando dói o coração, todo o
corpo dói.
Por que permitimos que as pessoas
entrem assim tão dentro da gente a ponto de sairem carregando um pedaço de nós
quando partem? Por que nos damos tanto, nos entregamos tanto, nos deixamos
tanto em mãos não tão cuidadosas dos nossos sentimentos?
Deveríamos aprender a ficar na
margem, olhando de longe a paisagem calma e nos satisfazer dessa visão, como
quem se fascina com uma miragem. Mas não nos satisfaz olhar. Humanos que somos,
precisamos absolutamente sentir, ao risco de nos afogar... e mergulhamos
inteiramente.
E, vida afora, vamos mergulhando
em promessas de amor eterno, felicidade infinita e mar de rosas. Não nos
questionamos sobre probabilidades de perdas e decepções, pois só de pensar já é
doloroso.
Dói... dói... dói e dói!... Mas
isso não vai nos impedir de continuar, não vai nos impedir de viver. Pedaços de
nós são ainda partes de nós e ninguém disse que precisamos chegar à velhice
inteiros e sem marcas.
Isso é vida!!! Não desistir,
manter-se de pé, doendo, mas de pé, cabeça erguida na direção do desconhecido e
peito cheio de esperança que a próxima vez será diferente.
Grandes artistas obtiveram o
melhor das suas obras nos grandes momentos de aflição e dor. Faça o mesmo:
Mostre o que de grande há em você tirando partido das suas decepções!
Construa-se!!!
Tenha em mente que não é você que
não foi digno daquele amor, mas aquele amor que não foi digno de você. E se faz
parte da vida caminhar entre flores e espinhos, não se esquive do caminho.
Caminhe!!!
Amanhã talvez seja diferente. E
talvez não. Mas entre as subidas e descidas, você vai ter sobrevivido. E vai
ter, sobre tudo, vivido.
Letícia Thompson
Que a alegria e a paz esteja presente em todos os corações!!!