domingo, 27 de fevereiro de 2011
Quintal de amoras
Há um túnel de folhas
onde colho pedaços de espumas vermelhas.
Delicadeza da fruta.
Docícula,
tanta miudeza não faz fartura,
mas são adornos à arvore,
como em festa de natal.
Os talos disputam com as formigas um lugar.
Enfeitam-se ,
penduram brincos de mel...
Geléias, doces ,sutilezas, no café da manhã.
No fim da tarde,
vou colher um pouco disso ou daquilo
e depois , limpar os dedos pigmentados
pelo doce de verão.
Aglaé Meimberg
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