As ondinas
Beijam as ondas a deserta praia;
Cai do luar a luz serena e pura;
Cavaleiro na areia reclinado
Sonha em hora de amor e de ventura.
As ondinas, em nívea gaze envoltas,
Deixam do vasto mar o seio enorme;
Tímidas vão, acercam-se do moço;
Olham-se entre si murmuram: " Dorme!"
Uma - mulher em fim- curiosa pálpa
De seu penacho a pluma flutuante,
Outra procura decifrar o mote
Que trás escrito o escudo rutilante.
Esta, risonha, olhos de vivo fogo,
Tira-lhe a espada límpida e lustrosa,
E, apoiando-se nela, a comtemplà-la
Perde-se toda em êxtase amorosa.
Fita-lhe aquela namorados olhos,
E, após girar-lhe em torno embriagada,
Diz: " que formoso estás, ó flor da guerra,
Quanto te eu dera por te ser amada!"
Uma, tomando a mão ao cavaleiro,
Um beijo imprimi-lhe; outra, duvidosa,
Audaz por fim, a boca adormecida
Casa num beijo à boca desejosa.
Faz-se de sonso o jovem; caladinho
Finge do sono o plácido desmaio,
E deixa-se beijar pelas ondinas
Da branca lua ao doce e brando raio.
(noturno, H. Heine )
Cidinha a cada dia que passa suas páginas estão mais belas.
ResponderExcluirAs imagens que escolhe são muito suaves e delicadas e as poesias belíssimas.
Um grande abraço e sempre grata pelas suas visitas e atenção.
Olá!!
ResponderExcluirVi seu nome da nossa amiga Sonia
e vim conhecer você.
Tomei a liberdade de entrar seguindo seu blog.
Seu poema é simplemente lindo.
Um feliz Domingo beijos ,Evanir
www.aviagem1.blogspot.com
www.fonte-amor.zip.net
Poema bem escolhido, imagens belíssimas! Parabéns!
ResponderExcluirOi Cidinha!
ResponderExcluirObrigada por sua visita e palavras em meu blog.
O seu blog é lindo!
A poesia... Emocionante!
Desejo que a sua semana seja maravilhosa!
Um abraço carinhoso
Cidinha. Belíssimo poema. O seu blog é encantador. Beijos, amiga.
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