domingo, 2 de novembro de 2014






Se o mundo fosse uma brincadeira de faz-de-conta, faríamos de conta que tudo é sempre bonito. E mesmo que o mundo não seja um grande livro de contos de fadas, estamos sempre querendo fazer de conta.


Fazemos de conta que somos felizes; que o amor não acabou; que ainda existe desejo. Tentamos nos convencer de que todas as decisões que tomamos no passado foram acertadas. Talvez por medo de termos que confessar que em algum lugar de nossas vidas, falhamos.

É difícil ter de admitir que nos enganamos de caminho. Mas o mais difícil é pensar que vamos decepcionar outros. Apesar de tudo, “o que os outros vão pensar” pesa muito nas nossas vidas. Assim vamos fazendo de conta que está tudo bem. E chega um dia onde não encontramos mais saída. E a gente chora…

Chora na encruzilhada em que se encontra, chora no labirinto da vida, onde não queremos nem ir à frente e nem voltar atrás, mas sabemos que teremos que achar o caminho de qualquer jeito. E lamentamos o não saber o que fazer. Nos sentimos perdidos mesmo quando queremos fazer de conta que não.

Pensamos que seria melhor fingir que não existe problema nenhum; ou que podemos passar uma borracha e recomeçar tudo; ou então nos dizemos que bom mesmo seria voltar à infância inocente, sem esses “problemas de adultos” e até ir dormir mais cedo para que amanhã chegue logo.

Porque o agora, às vezes, desejamos que nunca chegue… Mas somos adultos, mesmo se nosso “eu” criança se sente perdido. Somos adultos e donos da nossa vida, das nossas vontades, embora intimamente sintamos a necessidade de pedir que alguém decida por nós para nos livrar do peso da responsabilidade da escolha. É preciso enfrentar a realidade, mesmo que doa; é preciso ter a coragem de tomar uma decisão e fazer escolhas, mesmo se daqui a dez anos percebamos que nos enganamos de caminho. Se enganar não é pecado; pecado é se saber enganado e continuar no mesmo trilho. É uma ofensa ao próprio eu.

Dê a você mesmo a oportunidade de ser feliz sendo quem é, como é. Saia do marasmo do dia-a-dia que mata e construa algo sólido onde se apoiar. A vida não espera por nós e não é por fingir que o tempo não passa que os relógios vão parar.

Chorar é bom e pode aliviar as tensões, mas nunca resolveu problema nenhum. Enxugue então suas lágrimas para que tenha uma visão mais clara do que é sua vida.

Tire a máscara do faz-de-conta e viva de cara lavada, mesmo se no momento não for o melhor que você tenha para apresentar ao mundo. Com o tempo você vai aprender que tudo fica mais fácil e você se sentirá aliviado. Não se pergunte o que vai fazer depois: aprenda com seus erros e dê o melhor de si. Dê a você mesmo uma chance de ser feliz, porque ninguém vai fazer isso por você.

Letícia Thompson



10 comentários:

  1. Olá minha amiga querida
    Uma linda tarde para você e muitas saudades viu?
    Lendo este texto da Letícia fico me perguntando Será que sabemos fazer as melhores escolhas? Acredito que não
    Escolhemos pensando ser aquela a decisão mais acerta e lá na frente nos damos conta do tamanho do erro cometido. Alguns acontecimentos e ou atitudes que presenciamos nos mostram o quão errado estávamos. E assim vamos aprendendo com a dor. Uma excelente reflexão amada
    Beijos e uma semana plena de bênçãos e vitórias querida amiga

    ResponderExcluir
  2. Fantástico texto!! Adorei

    Beijinhos

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

    ResponderExcluir
  3. Muito lindo texto escolhido!Adorei! bjs, chica

    ResponderExcluir
  4. Serviu-me como uma luva...
    Bela crônica, querida amiga Cidinha.
    Grande abraço!

    ResponderExcluir
  5. Oi Cidinha

    As máscaras caem, e nada é como o faz de conta, não existe relacionamento perfeito.
    Família feliz 24 h é só em fotos e revistas, a realidade é outra, temos que ter muito jogo de cintura e muito amor para podermos permanecer em uma relação.

    bjokas =)

    ResponderExcluir
  6. Olá Cidinha!

    Um texto muito verdadeiro como todos da Letícia.

    Parabens pela escolha;

    Beijos.

    ResponderExcluir
  7. Amei teu espaço. Vou te seguir, me segue também!...

    ResponderExcluir
  8. Muito bom o texto, Cidinha; mais uma bela escolha, amiga! Boa semana.

    ResponderExcluir

Pode comentar!